Em Rio de Contas você encontra:

 

 

 

 

DENOMINAÇÃO

 

Candomblé

identificado

 

26

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

VIGENTE / ÍNTEGRO                                   MEMÓRIA                                         RUÍNA

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

 

1952

LUGAR

 

Rio de Contas/Rua do Gambá

 

 

 

 

 

 

 

DESCRIÇÃO

Edmilson recorda que seu pai, Benedito Dantas Mineiro, já falecido, freqüentava as cerimônias de um terreiro na rua do Gambá. Teve a oportunidade de acompanha-lo quando tinha 12 aos de idade. Lembra que a cerimônia era presidida por um homem de nome Brasilino.

Havia tambores, cantos, danças e rituais com sacrifícios de animais. Os participantes tomavam o “chá de sangue de cabra preta”. Galinha preta era despachada nas encruzilhadas, tomavam banhos de ervas. Lembra que as portas ficavam fechadas durante a cerimônia. A residência era de Manoel Pereira, pai de Polica.

 

Outra lembrança era do Terreiro de Izidrino, na Bela Vista, caminho da barragem. Edmundo Dantas Mineiro, irmão de Edmilson era um dos freqüentadores. As reuniões aconteciam as terças e quintas feira.

 

REGISTROS

 

Carlos Landulfo de Souza Pau-Ferro

NO

 

 

CONTATOS

 

Edmilson Dantas

NO

 

                   

 

 

DENOMINAÇÃO

Candomblé

identificado

 

36

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

 VIGENTE / ÍNTEGRO                                    MEMÓRIA                                         RUÍNA

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

 

LUGAR

 

Várzea da Pedra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DESCRIÇÃO

O Srº Jessé diz que não acreditava no Candomblé,daí seu pai o levou no Terreiro do velho Macário- já falecido.

Quando seu pai faleceu o Sr. Jessé diz ter se sentido enfraquecido e viu que devia continuar com a missão para não ser prejudicado. Queima vela todos os sábados para Cosme e Damião  e Ogum e defuma sempre o salão. Diz não ser benzedor só obedece os seus guias.

Em setembro faz a Festa para Cosme e Damião, faz o mingau para as crianças e caruru para os adultos ,além de balas e pipoca e vinho branco. As crianças se vestem de azul e branco,Srº Jessé de também de azul e branco e sua esposa que é de Santa Bábara de de branco e amarelo.Diz que viajou para |Vitória da Conquista a convite de um Centro Espírita ,onde lá uma moça lhe disse que ele tinha os seus guias que o acompanhavam.

Diz que sua linha é de umbamda . Do mato ele retira o capim aruanda,coloca para secar e salpica no incenso.

Recomenda para banho: comigo ninguém pode.vence tudo, espada de São Jorge e de Ogum, capim santo, capim de aruanda, alevante e coxa de jurema preta,arruda, alecrim, folha de manga, folha de laranja, umburana macho, fumo,alho machucado e guiné. Para ele esta ultima é a principal ,os guias gostam muito . Junta tudo e toma um banho do ombro para trás , e se estiver muito carregado joga um pouquinho na cabeça.

O Srº Jessé diz que a Juremeira é a planta rainha do mato,tem a fêmea e o macho todas as duas servem

 

REGISTROS

 

Eduardo Azevedo Correia

NO

 

 

CONTATOS

 

Jessé Silva Novais

NO

 

                   

 

 

 

DENOMINAÇÃO

 

Candomblé

identificado

 

27

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

 VIGENTE / ÍNTEGRO                                        MEMÓRIA                                         RUÍNA

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

 

LUGAR

 

Lagoa Grande

 

 

 

 

DESCRIÇÃO

O ritual realizado há 35 anos sob o comando do Sr. Joaquim é seguido de matança. preferencialmente de galinha branca ou amarela e o acompanham nisso mais três pessoas. O sangue da galinha é colocado em uma bacia de alumínio, onde junta vinho, açúcar, canela, caatinga de porco, e um pó de uma planta retirada na serra do Riachão, e coloca tudo em garrafas. . A retirada dessa planta é feita por um de seus seguidores. As pessoas que estão na roda, e as que se tratam com ele bebem dessa porção.

Os dias preferidos por ele para isso são o sábado ou a quarta-feira, mas se necessário em qualquer dia. Durante o trabalho ele bate o canzuá e reza as pessoas.

Srº Joaquim recebe o caboclo Preto Velho, Ogum e Titia Velha. Há mais de trinta anos que ele trabalha na comunidade e, tem sempre muitas pessoas a sua procura.

 

REGISTROS

 

Eduardo Azevedo Correia

NO

 

 

CONTATOS

 

Joaquim Casimiro dos Santos

NO

 

                   

 

 

 

DENOMINAÇÃO

Terreiro de Seu Brasilino

o 1o. da cidade

identificado

 

28

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

VIGENTE / ÍNTEGRO

 MEMÓRIA

RUÍNA

 

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

 

LUGAR

Rio de Contas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DESCRIÇÃO

Os entrevistados desconhecem a naturalidade de S. Brasilino, um homem alto, moreno e de grande simpatia.

Mundinho esteve presente por muitos anos nas cerimônias presididas por S. Brasilino, a sua primeira vez foi quando tinha 11 anos de idade em 1953. Na casa de policia, na rua Pandeacalogelas conhecida como Gambá, todas as quartas- feiras as 8:00horas em ponto iniciava os trabalhos ao som dos tambores e entoava o cântico que Mundinho lembra ate hoje:

Do céu desceu uma vela

Foi nosso Senhor que mandou Pra clarear a matança

Que Santa bárbara mandou...

Em seguida cântico de roda e samba e para finalizar sacrifício de animais, galinha preta freqüentemente.

As pessoas tomavam banho de ervas. Não havia necessidade de vestimentas especiais.

Vinha pessoas da zona rural e S. Brasilino trabalhava também em outras localidades da zona rural.

Com o passar do tempo foi diminuindo aos freqüentadores e S. Brasilino mudou- se para outra cidade.

A freqüência maior era de mulheres.

REGISTROS

Carlos Landulfo de Souza Pau-Ferro

NO

Cf. Anexo 2

CONTATOS

Edmilson (irmão de Mundinho)

NO

Cf. Anexo 4

                       

 

 

 

DENOMINAÇÃO

Candomblé / Mesa de Santo

identificado

 

29

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

 VIGENTE / ÍNTEGRO                                         MEMÓRIA                                         RUÍNA

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

 

Ano todo

LUGAR

 

Várzea

 

 

 

 

 

 

 

 

DESCRIÇÃO

D. Eva atende as pessoas em sua casa. È discípula do velho Binha. Quando este faleceu acabou a tradição de tocar o tambor. Todas as terças feiras às 20:00h ,D. Eva se prepara para receber os caboclos,trajando uma roupa verde, adornada com as fitas de Cosme e Damião e o cordão de Ogum.Os participantes recebem o passe e também fazem consultas . Quando não tem participantes e/ou visitantes D. Eva faz o ritual sozinha. Usa roupa branca para receber os trabalhos na mesa branca e quando faz “trabalhos diferentes” a exemplo de perdas de objetos.

Além do ritual nas terças feiras D. Eva benze quem a procura em qualquer dia da semana. Benze também animais de bicheira. A pessoa marca o lugar e ela benze de sua casa com ramo de tira atraso,pinhão caboclo,espada de São Jorge ,alfazema e quebra mandinga.. A espada de São Jorge também é utilizada para banho de descarrego.

D. Eva diz que quando pequena passava nela mesma o ramo e dizia para sua mãe que estava “apegada com Deus”. Lembra que trabalhou bastante em casa de farinha com 12 anos de idade

,juntamente com sua família e aos 13 anos se casou . Conta que sempre freqüentou o terreiro , e quando deu a luz a filhos gêmeos ,iniciou outra devoção a São Cosme e Damião ,todos os anos no dia 27 de setembro faz a reza o oficio e o bendito de Cosme e Damião,onde tem a quenga das crianças.Neste ritual 12 crianças sambam em uma roda com um barrete na cabeça e uma bandeira na mão.Tem muita comida e um bolo enfeitado com balas, e ainda prepara um licor feito com cachaça curada no limão cortado em cruz3 dia antes e depois acrescenta canela,erva doce e um pouco de açúcar.

 

REGISTROS

 

Eduardo Azevedo Correia

NO

 

 

CONTATOS

 

Eva Rosa da Silva Chagas

NO

 

                   

 

 

 

DENOMINAÇÃO

Terreiro de S. Izidrinho

identificado

 

30

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

VIGENTE / ÍNTEGRO                                     MEMÓRIA                                         RUÍNA

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

 

LUGAR

 

Rio de Contas – Caminho da Barragem

 

 

 

 

DESCRIÇÃO

Cristina por muito tempo foi a arrumadeira do Terreiro de Isidro Dantas Viana (S.Isidrinho).

No caminho da Barragem todas as quartas-feira as 20:00horas S. Isidro de roupa branca iniciava o trabalho acompanhado de outras pessoas. Cristina cita como exemplo o João Rapa Coco, Carminha, Dirceu...

Cristina conta que viu a mulher de João Rapa Coco e outra mulher matando uma galinha preta e misturando o sangue na cachaça, açúcar, canela e outros ingredientes. Em seguida as pessoas tomavam.Assistiu também os despachos nas encruzilhadas.

Cristina diz que na verdade tinha muito medo.

 

REGISTROS

 

Carlos Landulfo de Souza Pau-Ferro

NO

 

 

CONTATOS

 

Cristina

NO

 

                   

  

 

DENOMINAÇÃO

 

N. Senhora Aparecida

identificado

 

32

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

VIGENTE / ÍNTEGRO                                     MEMÓRIA                                         RUÍNA

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

 

Há 47 anos

LUGAR

 

Várzea do Fogo

 

DESCRIÇÃO

Hermelinda juntamente com sua família tem a tradição de celebrar de N. Senhora Aparecida. Com o passar do tempo sentiram a necessidade de construir a igreja e colocou como padroeiro São José, com o apoio do Padre João Salustino.

 

REGISTROS

 

Eduardo Azevedo Correia

NO

 

 

CONTATOS

Hermelinda Rosa da Silva

NO

 

                   

 

 

DENOMINAÇÃO

 

Celebração ao Nego D água

identificado

 

31

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

VIGENTE / ÍNTEGRO                                     MEMÓRIA                                         RUÍNA

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

 

LUGAR

 

Rio de Contas – Rua Marcolino Moura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DESCRIÇÃO

Dezinho nasceu em 07/7/62, filho de Emanuel Araújo Neves (Né Garimpeiro), e Terezinha de Souza Neves. Na época residiam na “Panelada”, rua Marcolino Moura, atualmente ainda  residem nesta rua muitas pessoas com traços indígenas.

Dezinho lembra que aos oito anos de idade acompanhava a sua avó Maria Dantas (Mariquinha) e seu tio Laurindo (Zé Onça), toda segunda feira, ”as 8:00h na curriola“Raposa” , hoje Raposo. Todos nus no rio em cima de uma pedra faziam um ritual com oferendas para o Nego D´água. Na oferenda tinha frutos selvagens,pedaço de fumo,vela branca , coité de coco com mel,duas fitas vermelhas,mel e cera de assanharol. Depositavam tudo sobre a pedra e faziam a evocação do Negro D´água, em língua nagô:

Rudá Rudá Catití Pupimaiê Cunha” ( saudação ao sol e a lua) Dezinho acredita que havia uma mistura do ritual tapuia com o nagô.

Dezinho sempre ouviu seus avós e povos mais antigos que a “Panelada” eram descendentes dos índios tapuias, que segundo eles residiam aqui muito antes dos escravos fugitivos.

Receberam a denominação de Panelada pelo exagero na hora das refeições.Tudo o que compravam era comido de uma só vez. Quando morria um boi por perto era a maior festa.

Um forte indício da descendência é que os moradores da Panelada eram os melhores caçadores e os que mais conheciam as matas e esconderijos do município, denominando várias  localidades até então desconhecidas a exemplo de: Caatinga do Fraga, o Bolacha, O Medonho, etc.

Andavam sempre descalços e a pesca era feita co manzuá (balaio de cipó tingui). Antes de entrarem na mata “fechavam o corpo” com alho e fumo,comia um dente de alho e outro esfregavam nas mãos e nos pés pedindo licença ao “dono da Mata”.

Outro costume era fumar cachimbo e mascar fumo.

Quando houve a escavação em frente a Igreja Matriz para a construção do calçamento foram encontrados ossadas humanas e um grande cachimbo de barro,provavelmente pertencentes aos índios .

 

REGISTROS

 

Carlos Landulfo de Souza Pau-Ferro

NO

 

 

CONTATOS

 

Everaldo de Souza Neves (Dezinho)

NO

 

                   

  

 

DENOMINAÇÃO

Caminhada das Capelas

identificado

 

33

sim

não

TIPO

CELEBRAÇÃO

CONDIÇÃO ATUAL

 VIGENTE / ÍNTEGRO                                        MEMÓRIA                                         RUÍNA

OCORRÊNCIA

ÉPOCA

Desde 1980

LUGAR

Marcolino Moura

 

 

DESCRIÇÃO

É uma Caminhada com a participação de toda a comunidade, que acontece na sexta-feira santa. Tradicionalmente segue o seguinte roteiro: Sai da Igreja de Santo Antonio em Marcolino Moura e vai para a Capela do Sagrado Coração de Jesus, Casa de Telha de Nossa Senhora, Casa de Telha do senhor do Bomfim e encerra na Igreja de Santo Antonio em Marcolino Moura. Todo o percurso é feito rezando a Via Sacra

 

REGISTROS

Eduardo Azevedo Correia

NO

 

 

CONTATOS

 

José Maria Pinto Moreira

NO